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terça-feira, 3 de novembro de 2009

Pressão Alta: O Vilão Invisível

Parece título de romance policial. Confesso que é meio teatral: Mas ainda assim, é a mais pura verdade. A pressão alta é tão capaz de trazer danos à saúde e tão silenciosa na maioria das pessoas, que o papel de vilão lhe cabe perfeitamente. E, com requintes de crueldade! É muito comum ouvirmos de um hipertenso a queixa de que sempre teve a pressão mais alta que o normal, nunca se tratou e nunca sentiu nada! mas... com o tratamento, tem se sentido mal, com fraqueza, sono, meio "aéreo"... e que além disso tudo ainda esta se tornando "dependente" de remédios! Não é fácil estar no outro lado da trincheira contra um inimigo como esse! A hipertensão é tão perigosa que, à primeira vista, é mais confortável pro seu portador não incomodá-la! Tudo isso se explica. Mas é muito difícil convencer a alguém, que não sente praticamente nada, mas que está sob riscos de complicações muito sérias, que medidas devem ser tomadas, mesmo às custas de um mal estar passageiro, para evitar desfechos gravíssimos. Tudo é uma questão de colocar em pratos da balança: de um lado os riscos de não se tratar, apesar do fato de ser assintomático e de outro lado o risco de sofrer das complicações que ocorrem na ausência de tratamento. Este convencimento não acontece sem que haja o conhecimento, e até que juntos, médico e paciente encontrem o melhor tratamento de forma individual, começando sempre por mudanças no estilo de vida e, se necessário associando a estas o melhor tratamento medicamentoso possível. Pra ter maior chance de aderência ao tratamento farmacológico, o primeiro passo deve ser escolher um único medicamento, que possa ser administrado de preferência em uma única tomada diária, na menor dose que se mostrar eficaz, sem efeitos colaterais indesejáveis e de preço acessível. (detalhe: Acertar de primeira, é praticamente um milagre!)
Quando a gente trata a hipertensão, o objetivo não é alcançar uma medida de pressão arterial ideal! O objetivo é diminuir o risco das complicações que a hipertensão pode causar! E, são tão graves as complicações, que para evitá-las, cabem grandes esforços.
As principais complicações da hipertensão são o acidente vascular encefálico (AVE ou derrame), a insuficiência renal (falência da função dos rins tratada com diálise) e a insuficiência cardíaca (falência da função do coração). Mas, ela também atua como fator de risco para as doenças ateroscleróticas, (as mais comuns são enfarte, derrame e dç obstrutiva das artérias das pernas)e para as doenças da retina (área do fundo do olho onde as imagens se formam para serem transmitidas ao cérebro). É por isso que as coisas vão ficando complicadas! A hipertensão pode atrapalhar a função dos rins por lesão direta do órgão ou por promover dç arterial obstrutiva nas artérias renais, que suprem os rins de sangue. Por outro lado, a doença renal promove o aumento da pressão arterial, e cria-se um ciclo pernicioso. Ao ponto de, quando a gente examina pela primeira vez um paciente com pressão alta e falência dos rins, torna-se quase impossível determinar quem veio primeiro! Mas, o fato é que estudos provam que o controle da hipertensão é o único meio de quebrar esse ciclo. Sendo assim, é por aí que a gente contra ataca! E é por isso que o nefrologista também se especializa em tratar a hipertensão arterial.
A hipertensão é uma doença que se origina nas pequenas artérias do corpo, e é promovida por múltiplos fatores, sendo que o mais importante deles é a herança genética. Outros fatores de risco para a hipertensão são consumo excessivo de sal, consumo abusivo de álcool, aumento do peso corpóreo, estresse, sedentarismo, o hábito de fumar cigarros, consumo excessivo de cafeína, gravidez, uso contínuo de medicamentos (principalmente anti concepcionais, corticóides, alguns medicamentos para asma, ou drogas ilícitas, tipo cocaína, anfetaminas e seus derivados), entre outros.
Esses fatores associados ou de forma isolada, promoveriam a contração da musculatura das paredes dessas artérias pequenas (arteríolas) em todo o corpo, aumentando a resistência ao fluxo de sangue no seu interior, o que força o coração (como se fosse uma bomba hidráulica lutando contra canos entupidos) a contrair com mais vigor, aumentando assim a pressão de bombeamento do sangue.(o nº mais alto da medida da PA se refere à pressão de bombeamento e o número mais baixo à resistência dos vasos ao fluxo de sangue no seu interior). Sendo assim, fica claro quem é o primeiro órgão a sofrer com a hipertensão: O músculo cardíaco, que vai funcionar como uma bomba em regime de sobrecarga! Para se adaptar a essa nova realidade, assim como acontece com o bíceps de um levantador de pesos, o músculo cardíaco vai se hipertrofiando, (ficando com paredes mais grossas) no esforço de vencer a resistência aumentada ao fluxo . Mas... as artérias que nutrem o miocárdio, não conseguem se multiplicar na mesma velocidade, causando um déficit de oferta de sangue para nutrir a uma demanda aumentada. Se isso acontece ao mesmo tempo que a hipertensão está estimulando a dç aterosclerótica das coronárias (artérias que nutrem o músculo cardíaco), temos mais uma associação muito comum, que é a hipertensão e a isquemia do miocárdio. Mas, como na associação com a dç renal, sabemos que controlar a hipertensão é o melhor caminho para o tratamento, pois assim existem boas chances estatísticas de ocorrer a regressão da hipertrofia das paredes do coração, e um reequilíbrio dessas forças de demanda e oferta de oxigênio para o bem do coração desses pacientes. E é por isso que o cardiologista se especializa no controle da hipertensão.
No caso das mulheres grávidas, existe a dç hipertensiva própria da gravidez, uma dç ainda pouco esclarecida para todos, mas de fácil diagnóstico e acompanhamento, sendo que para a sua prevenção, a nossa melhor arma é o acompanhamento pré natal. Essa alteração, em suas formas mais catastróficas, promove uma verdadeira tragédia chamada eclâmpsia, que até hoje é a maior responsável por partos adiantados, com nascimentos de pre maturos com poucas ou nenhuma chance de sobreviver e, por incrível que pareça, ainda hoje é a maior causadora de mortes maternas em obstetrícia. Nos casos mais brandos, que graças a Deus são a maioria, indicam ainda uma forte tendência dessa parturiente para tornar-se hipertensa desde a saída da maternidade, para o resto de seus dias. E é por isso que os obstetras especializados em gravidez de risco, são excelentes condutores do tratamento dessa modalidade específica de hipertensão. Sem contar que, uma jovem já previamente hipertensa, pode engravidar, tornando o acompanhamento dessa gravidez bem mais complicado.
A encefalopatia hipertensiva é uma das emergências mais temidas da hipertensão fora de controle. Ela ocorre devido à grande pressão de fluxo sanguíneo no cérebro, que se encontra alojado numa cavidade óssea incapaz de se adaptar ao seu conteúdo. Nessa circunstância todo o tecido cerebral tende a aumentar de volume e será literalmente espremido dentro da calota craneana. Isso causa o que chamamos de síndrome da hipertensão intra craneana, que se exterioriza por intensa dor de cabeça pulsátil, dores muito intensas na nuca, alterações dos níveis de consciência, náuseas e vômitos intensos, evoluindo para perda da consciência e coma. Se a pressão intra craneana não for controlada, outras tantas complicações se sucedem, e quase sempre essa história termina em morte ou invalidez.
Com os anos de hipertensão não controlada, a artéria aorta, onde o coração desagua todo o fluxo para os órgãos do corpo, vai perdendo sua forma original, ocorrendo dilatação de suas paredes para acomodar melhor o fluxo de alta pressão. É assim que nascem os aneurismas, ou que estes se rompem parcialmente, causando dissecções agudas de suas paredes, sendo ambas verdadeiras trajédias circulatórias, e que geralmente acontecem num estágio avançado da doença hipertensiva, quando várias outras complicações já se instalaram, e tentar solucioná-las vai ficando cada vez mais difícil.
Diante dessa explicação turbulenta, devido aos vários pontos em que as complicações se encontram na história da patologia da hipertensão, concluímos que, o melhor momento para iniciar o controle da hipertensão é o momento em que ela é diagnosticada.
E, quando é esse momento? É quando, em medidas seriadas, ficam registradas cifras de pressão diastólica maior ou igual a 85 mmHg, ou de pressão sistólica maior ou igual a 130 mmHg. Esses números podem parecer ainda normais, mas se existe concomitância de outros fatores de risco para dç cardio vascular, como diabetes, dislipidemias, história familiar ou o hábito de fumar, já devemos considerar a necessidade de controlar a pressão arterial em níveis até mais baixos que estes.
Parece assustador. E é. Mas o objetivo de expor as coisas assim, de forma que todos possam entender, é o de disseminar o conhecimento, para que, sabendo como as coisas acontecem, as pessoas queiram comprar essa guerra, que é em favor delas mesmas, e para que possam ser parceiras de seus médicos na busca do melhor esquema de controle da hipertensão.
Lembrem-se: As trajédias são causadas pela hipertensão fora de controle!
Sob esse olhar baseado em evidências científicas... vocês não concordam que vale a pena o esforço de neutralizar esse vilão invisível?
Vamos usar a nossa inteligência em nosso favor!
OBS: Só há um meio de saber quem é hipertenso: Tem que verificar a pressão arterial pelo menos a cada 6 meses. Porque às vezes, num período de 3 anos sem se preocupar com isso, você pode ser pego de surpresa!
Se é para surpreender... que tal nós surpreendermos esse vilão nos seus primeiros tempos conosco e, estando preparados para lutar, colocá-lo no seu devido lugar?
Não tem outro jeito! Temos que chegar a frente da dç e tomar a nossa saúde em nossas mãos! É pra isso que o conhecimento tem avançado! É mais eficaz, mais economicamente viável e menos sofrido fazer a prevenção do que ficar se equilibrando entre vários fatores deletérios e coadjuvantes, quando a dç já se instalou e mostrou a que veio!
Senhores hipertensos: Tomar em suas mãos as rédeas da sua história depende, em grande parte, da sua atuação como agente promotor da sua qualidade de vida!

15 comentários:

  1. Cláudia.

    Você fala em "regressão da hipertrofia das paredes do coração".

    A doença coronariana não é progressiva? Ou é progressiva só se não for tratada, sendo portanto regressível se for tratada?

    Outra pergunta: uma gargalhada violentíssima pode originar um pico de pressão? (Por favor, leve a sério a pergunta, é baseada em experiência recente, mas não só nela; fiquei tonto, levei um susto dos diabos).

    Obrigado,

    Rogerio.

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  2. Rogério,

    A dç coronariana, que é a dç aterosclerótica das artérias coronárias, é uma condição progressiva, se forem mantidas as condições para isso. Retirados os fatores de risco modificáveis, existe sim a possibilidade de regressão da placa que obstrui as artérias. Mas, isso só acontece às custas de muita disciplina e com o uso de medicamentos. Entretanto, o nosso corpo é capaz de criar novas vias arteriais para suprir a artéria doente. É o que chamamos de circulação colateral. Este é um jeito de, apesar da progressão da doença, conseguirmos manter a função do órgão. Para tanto também, é preciso muita disciplina e orientação médica especializada.

    A sua pergunta sobre a gargalhada, não é, de forma alguma, um assunto para ser levado na "brincadeira". Gargalhar, promove aumento da pressão dentro do tórax, o que, reflexamente, pode produzir bradicardia e hipotensão. Então, o coração faz uma resposta também involuntária, com taquicardia e hipertensão compensatórias. Nos hipertensos, essa compensação pode sair "melhor que a encomenda", promovendo uma crise hipertensiva. Mas... Não deixe de sorrir, ok?

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  3. Cláudia,

    O que você chama de “muita disciplina” acredito que seja controle rigoroso da alimentação, SEM qualquer tipo de concessão, e exercícios físicos diários, infalivelmente. É isso? Se for, eis algumas dúvidas sobre exercícios físicos (caminhadas): sei que o mínimo semanal é de 150 minutos. É isso satisfatório para o objetivo de criar novas vias arteriais?

    Sempre com o mesmo objetivo, a caminhada deve ser feita dentro dos padrões, ou seja, tênis, bermuda, camiseta e pista livre? Ou pode ser algo inteiramente heterodoxo como o seguinte trajeto que fiz, debaixo de sol, há alguns meses, a trabalho, ou seja, de sapato, calça comprida, camisa social etc.?: Avenida Presidente Vargas, na altura da Biblioteca Pública, até a Rua de Sant’Ana (a do Edifício “Balança mas não cai”), Rua de Sant’Ana, Rua Frei Caneca, Praça da República, Rua Visconde do Rio Branco, Praça Tiradentes, Rua da Carioca, Rua Primeiro de Março, Avenida Presidente Vargas, Avenida Passos (curto trecho), Avenida Marechal Floriano até o final. Não é preciso dizer que esta pista não é, absolutamente, livre.

    Sei que também posso passear com o cachorro e fazer compras a pé no supermercado, mas acredito que isso, mesmo como prática habitual, seja insuficiente para a criação de vias arteriais colaterais. Ou não?

    Na expectativa da resposta, beijos,

    Rogerio.

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  4. Rogério,
    Para criar uma rede efetiva de colaterais, no coração ou em qq outra área do corpo que esteja funcionando em sistema de isquemia, é necessário criar um micro ambiente isquêmico, ou seja, forçar o funcionamento do órgão no limiar isquêmico, que é o momento imediatamente anterior ao início dos sintomas isquêmicos, quando as células do órgão em questão estarão produzindo mediadores da isquemia. Estes são substâncias que as células produzem quando precisam produzir energia na ausência do oxigênio (Glicólise anaeróbia). É a presença dessas substâncias o fator local mais importante para o estímulo do surgimento de novos vasos. Se falamos do coração, a atividade física deveria ser mantida até alcançar esse limiar isquêmico, avaliado pela frequência cardíaca aferida num teste de esforço onde a isquemia foi reproduzida, mantendo-se nessa faixa de frequência por, pelo menos, 30 min diariamente. Se estamos falando dos membros inferiores, ao começar a sentir dores isquêmicas na perna, a intensidade do exercício deve ser diminuída até a cessação da dor, e aí aumentada até o reinício do sintoma, seguindo nesse ciclo por pelo menos 30 min diariamente. Esse é o ideal. Qualquer exercício, nesses casos, é melhor que o sedentarismo. Excetuo os exercícios extenuantes, antes dos quais, qq pessoa deve ter uma avaliação cardiológica para não se arriscar, como vc fez na sua "caminhada" pela cidade! (Rs)
    Abraços,
    Cláudia

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  5. sou ipertensa quero saber se com passar do tempo remedios de pressao faz mal ou pode calçar outro tipo de doença

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  6. Rosilene,
    Como acontece com todo tratamento de doença crônica, no tratamento da hipertensão sempre se avalia a equação risco/benefício. Ou seja, se um médico prescreveu um tratamento para você, é porque ele sabe que os benefícios do tratamento são maiores que os riscos causados pela doença tratada e pelos possíveis efeitos indesejáveis dos remédios utilizados. Não se preocupe! Mas... sempre que tiver dúvidas, pergunte ao seu médico. A informação vai te fazer sentir mais segura sobre a importância de se manter em tratamento... sempre!

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  7. uma pessoa com pressão alta pode ser um policial?

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  8. Sr Thomaz,
    Ao entrar para a corporação, todo candidato ao cargo de policial passa por uma avaliação de sua saúde. Desconheço se o fato de ser hipertenso é decrito, no edital dos concurso para a admissão, como um impedimento ao cargo. Porém, se vc já é um policial e se torna hipertenso, é possível que, devido a natureza multi fatorial desta doença, seja necessário desvio de função dentro da corporação para diminuir o nível de stresse ao qual o policial está sendo submetido no cumprimento de sua rotina laborativa. Por outro lado, se a hipertensão estiver afetando gravemente a função do seu sistema cardio vascular, pode até ser necessário afastamento da função (temporário ou definitivo).Porém, a hipertensão bem controlada, na ausência de complicações cardíacas, ñ impediria o policial de exercer as suas funções.
    Portanto, a resposta a sua pergunta depende de tantas variáveis, que espero ter podido ajudar de alguma forma... mas entendo que sem maiores detalhes... ficou muito inespecífica.

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  9. olá, as vezes quando saio com alguns amigos acabo usando cocaina e sei que aumenta minha pressaão logo depois tomo o remedio da pressão. Isso pode me prejudicar? o que pode acontecer?

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  10. Oi Sulla,
    O uso da cocaína pode trazer graves consequências. Piores para alguém que é hipertenso. A cocaína age no organismo humano inibindo a reabsorção das catecolaminas (a mais famosa é a adrenalina) nas sinapses nervosas. As sinapses são as superfícies de contato entre as células nervosas, são a interface por onde as células do cérebro se comunicam umas com as outras. Após ser liberada, a adrenalina é reabsorvida das sinapses, e deixa de ter a sua ação de excitação sobre as células nervosas. Ao inibir a reabsorção da adrenalina, a sua ação, que duraria segundos, é prolongada por alguns minutos. Pra quem tem olhos de ver... Vc terá então: As pupilas dilatadas, para enxergar melhor, o tônus muscular aumentado, para agir rapidamente, a PA e a Freq card aumentadas para poder fazer o que for preciso, a respiração ofegante para oxigenar melhor os tecidos, o olhar e os ouvidos atentos, o tato 'aguçado', etc. É por isso que a cocaína te deixa mais pronta pra reagir, mais alerta, com mais resistência muscular, e cheia de energia por alguns minutos. A cocaína é um prolongador da reação adrenérgica, que foi "inventada" para nos preparar para 'fugir ou lutar', mas que, por ter um 'preço alto' para o organismo, foi programada para durar 'alguns segundos'. A manutenção deste estado por alguns minutos, causa taquicardia, aumento da pressão arterial, e aumento da temperatura corpórea, que serão proporcionais a dose usada, mas que, no hipertenso, serão sempre mais graves. Além da crise hipertensiva e das arritmias, o uso da cocaína pode causar hemorragias cerebrais, contrações involuntárias da musculatura (principalmente da mandíbula) e espasmos das artérias coronárias, que nutrem o coração, podendo causar o infarto do miocárdio. Essas são as possíveis consequências imediatas do uso da cocaína. A longo prazo, devido também a hipertensão, é comum encontrarmos entre os usuários de cocaína, a dilatação da aorta, que é a principal artéria do nosso corpo, formando um aneurisma.
    Penso que o aumento da dose do seu anti hipertensivo, sem a validação do seu médico, não pode te proteger contra esses efeitos, além de te expor a todos os riscos da auto medicação.
    Conhecimento é luz.
    Use-o sempre ao seu favor.
    Se cuida!

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  11. Drª minha pressão nesse fim de semana chegou acima do normal ou seja 14/9 a 15/10 isso durante 3 dias seguidos. Fui ao cardio fiz os exames, menos o MAPA, mas o médico afirmou q estava na garantia ainda, q eu fizesse exercicio, dieta e diminuisse o sal, pois estava acima do peso (108kg - 1,81m - 28 anos). Mas, minha dúvida é em relação ao exercicio. Qual a intensidade desses exercícios? Quais os tipos de exercícios? Posso fazer caminhada + musculação pela manha e a noite fazer uma caminhada?? Atenciosamente Luiz Gustavo

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  12. Luis gustavo,
    O primeiro estágio para o tratamento da hipertensão arterial, na ausência de outros fatores de risco para as doenças do coração, é sempre eliminar aquilo que pode ser o gatilho (no caso da hipertensão primária),a causa (se a hipertensão for secundária)ou o agravador da pressão alta. A gente faz isso mantendo um peso adequado à idade e ao biotipo, (com reeducação alimentar), mantendo um programa diário de exercícios personalisados, (cuja intensidade e duração deverá ser baseada no resultado de um teste ergométrico feito por cardiologista), retirando o excesso de sódio (sal) da alimentação (se vc ñ tem dç renal, existe um sal feito de potássio, que vc deve usar como substituto), combatendo o estresse, eliminando o excesso de estimulantes (cafeína, drogas, etc). Então, implemente estas mudanças na sua vida, e encare o desafio de ter a disciplina suficiente para que façam parte do seu estilo de vida de agora em diante. No momento, 'este' é o seu tratamento.
    Sem dúvida, os exercícios aeróbicos são os mais eficazes no controle da hipertensão. Entre eles: caminhada, natação, ciclismo e todas as modalidades desportivas que os incluem. A intensidade e a duração vão depender de sua aptidão física, avaliada em testes ergométricos seriados, com intervalos de 6 meses para hipertensos. Cordialmente,

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  13. Olá Dra.

    Tenho 27 anos e nunca tive problemas de pressão alta, porém nos últimos 2 meses estou fazendo um tratamento para redução % de gordura com uma Endocrinologista. Ela me passou Sibutramina 15mg para tomar e já perdi 12 KG, faltando apenas 2KG para chegar no meu peso ideal.
    Neste período voltei a correr todos os dias, esporte que sou apaixonado, e tenho notado que minha frequencia cardíaca aumentou consideravelmente. Retornei na Endrocrino neste semana e ela me disse que estes são efeitos da Sibutramina. Ela começou a reduzir a minha dose e pediu para eu tomar SeloZok 25mg para normalizar a frequencia até o final do tratamento (daqui 2 meses). Porém estou inseguro se devo tomar o SeloZok ou não. Você acha que existe algum problema em tomar este remedio no meu caso?

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  14. Weslley,
    Se as alterações no seu sistema cardiovascular são causadas por um medicamento, em vez de usar outro medicamento para combater este efeito, a primeira medida deveria ser a suspensão do fármaco causador da alteração. Exceto se o uso do medicamento fosse mandatório, ou seja, se o benefício causado pelo medicamento fosse maior que o risco do efeito colateral associado ao risco do segundo medicamento para controle das alterações.
    Um abraço,

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  15. Dra. Cláudia,
    Sou hipertensa há quase 14 anos, desde o falecimento do meu primeiro marido, e sempre fui obesa, chegando ao peso máximo atualmente (IMC +-53). Tenho prolapso da mitral e tenho angina com bastante frequência, mas em setembro senti dores tão fortes que se espalharam para o braço e o pescoço, e acabei internada no Biocor, ficando 2 dias em observação no CTI e mais 2 dias na enfermaria aguardando o cateterismo. O resultado foi que estou bem, nada foi encontrado, e que a causa provável foi estresse devido ao ano difícil que tive. A questão é que após o cateterismo, não tive mais picos de pressão, até pelo contrário, quando tomo o remédio (atualmente o Diovan) a pressão cai muito. Tanto que tenho tomado apenas 2 ou 3 vezes por semana, mais por precaução do que pela pressão em si, pois verifico diariamente. Ontem tomei um comprimido pela manhã e até hoje a pressão está 9x6. O que pode ter ocorrido durante o cateterismo que possa ter causado isto e qual a possibilidade da pressão se manter normal de agora em diante? E antes que me puxe a orelha devido ao peso, já estou fazendo os exames e consultas para realizar a bariátrica no início de 2013 (também tenho artrose avançada e até uso muleta). Obrigada!

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